Só sei fazer isto agora.
Chovem angústias da tua ausência, e eu não consigo convocar-te as más memórias.
Só recordo o sol e o meio dia, o paraíso no teu olhar, as borboletas.
Procuro em ti o que não há?
Rebenta o som. Estremecem as entranhas e a alma cai.
Esgravato, cavo, sangro. Sofregamente afundo as mãos na terra fria.
Desmama-te, grito. Berro por dentro. Suplico. Dá-me o fim da tempestade.
Desopila. Vai. T’arrenego. És tempo que nunca fui, alma que não tive e vida que não vivi.
Está tão escuro o céu quando te vejo. E quase choro.
Quase morro.
Quase voo.
Eu
Enquanto o coração não bate
Toco com a minha pele na tua
Com o braço alcanço a lua
E sigo para um outro dia
Pensando
Mas sem falar
Sentindo
Mas sem mostrar
Esperando sem alcançar
Sigo para um outro dia
Sem ouvir a tua voz
Perdida
Mas sem parar
Sozinha
Mas sem chorar
Viro-me para o outro lado
Tu não estás no teu lugar
Quero alcançar a lua
Tocar com a minha boca na tua
Não seguir para um outro dia
E ficar a descansar
Enquanto o coração não bate
E não vejo o teu olhar
JM Diogo
Por outras vidas se encontra…
Eu
Pois… foi fácil chegar lá? Às minhas outras vidas?
JM Diogo
Um mistério é um caminho
Um imenso mar de mais
Marés lua, margens tuas
Terra à vista neste cais