De(moro)
Anonimamente, a branco e negro, num muro claro um apenso, atento. Explícito à sua maneira
O que fica do tempo que passa
Anonimamente, a branco e negro, num muro claro um apenso, atento. Explícito à sua maneira
Paro na meia tarde de estio e rezo. Afinal há igrejas bonitas por aqui. Logo à entrada pergunta-se aos turistas “se visitam”, não porque rezar há-de ser coisa vedada a quem procura fresco recolhimento no interior da nave, mas porque visitar – embora também confira o direito a praticar orações – rende à caixa de esmolas guardada pelo porteiro da Sé Nova … Continue reading Oração
Poucas coisas haverá mais impressionantes do que ver um milagre acontecer. Mas, claro, não falo de um desses milagres canónicos, apostólicos e certificados por congregações romanas da fé, ou de uma façanha qualquer de um santo de calendário. Nem de água que se transforme em vinho, ou de outra qualquer metáfora com que as religiões … Continue reading Suave milagre
Pode discutir-se tudo menos a Fé. Hoje vi em Coimbra, na Igreja de Santa Cruz, Panteão Nacional, milhares de pessoas, de muitas nacionalidades, visitarem o repouso da Rainha Santa Isabel à procura da carícia de uma rosa. Cumprem-se 500 anos, meio milénio, que Isabel de Aragão, foi beatificada. A nossa história é imensa. Do tamanho … Continue reading A fé dos homens
Porque queres que tenha saudades do futuro? (…)Eram sempre as mesmas contradições que ele via quando pousava os olhos na enguia luminosa que o rio projetava no sol da meia tarde. Era ali que estava tudo, e “tudo”, era um sentimento incessante, como se “tudo” não pudesse ser mais que as sombras desenhadas na aba … Continue reading Saudades do futuro (II)