Porto do mundo

Há aqui tudo para se ser feliz. Sol, mar, música, comida ótima e gente de todos os lugares.
Único no seu género, o Festival Músicas do Mundo é perfeito no sentido preciso das palavras. Dos compassos aos desacertos. Da terra à lua. Só céu.
Tudo acontece no espaço de 100 metros. Uma rua vertical ao mar, encimada por uma praça palco, a praia ao fundo. Sol por cima, um calor brisado a fresco, entrecortado por ritmos e sons sempre descontraídos, aleatórios, quase caóticos.
Ao pino do meio dia enchem-se as sombras das esplanadas de apetites mediterrânicos e conversas descontraídas à boleia do verão. Ingles, alemão, francês, muito castelhano e outras sílabas irreconhecíveis, eslavas, turcas, temperam saladas, amêijoas, peixes atlânticos de carne rija e branca.
Ninguém ouve as notícias da rádio, ninguém lê um jornal – tímbales, tarimbas, tarolas, tambores – a histeria coletiva inexiste neste passeio à beira mar. Não há futebol nem ciclistas, nem pokemongos, nem opiniões, nem comentadores. Não há ruído. A única política é ser feliz.
Tudo é paz no Porto do Mundo.

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