A alegria chegou dentro de um envelope pardo, entregue em mãos na varanda chic da casa raízes. A tarde era ainda nova e haveria de ser noite sem que pudesse resgatar a história ao manuscrito.
Discretamente um nome apodado no destinatário: José Manuel.
Abri-o com um gesto simples na esperança do olfato. Lá estava.
No mesmo lugar o papel seda convidava ao gesto. Ritual do Sul no ar quente da megalopole.
Um trago, dois, e uma coluna de fumo subia no céu enquanto descia em mim uma paz de sorriso.
Era raro quando alguém me entendia todo logo no primeiro instante em que cruzamos olhares.
O meu pensamento subia aos céus tao leve como as exéquias do baseado milagre que aquela quarta-feira tinha acontecido.
Uma contagem quase decrescente anunciava o sono: 4, 2, 3 ….
Era quase bom de mais para ser verdade

Carta - Espuma dos dias
[…] a dor, a morte, a culpa – tudo o resto são escolhas que podemos conscientemente fazer. A alegria, a felicidade, a angústia, o prazer, a solidão etc, mas sobretudo o sofrimento, é uma questão […]
Harmatão - Espuma dos dias
[…] mais ninguém se atrevia a por pé fora de casa, ele lá estava. Hirto quase de mármore, desafiando o “doutor”, dia após dia, até que o Siroco trouxesse de volta ao […]