Não precisas, meu amor
Tu não precisas de mim
Precisas da vida que em mim vês
do sangue que aqui late
Precisas da pele que já não sentes
da torreira do sol do fim de tarde
Precisas do olhar largo à tua frente
da linha do horizonte e do infinito
Precisas do voo picado do presente
do futuro largo e do seu grito
Não precisas de mim, meu amor
Precisas só de ti e
de cumprir alto o teu destino
De seres o teu mestre voluntário
e do qual só sou sinal
e tu caminho