Olho para ti e vejo-te em Arles. E penso na orelha de Van Gohg. E a música começa como num podcast quadrifónico, gigante e recortado capaz de separar todos os sons e colocá-los no lado certo da escuta.
(Eu penso vê lá bem em Arles e na orelha de Van Gohg)
E entram os sons por todo lado, como se fossem soldados, sons astrolábio, sons sextante, ranger de velas e pés a ranger na areia.
Há gaivotas perdidas a inventar o som do mar
(e assim entre o que eu penso e o que tu sentes, a esperança que nos une é estar ausentes)
Mas nunca é só na fronteira em Arles que te imagino.